Traição: A dor de ser traído e as motivações de quem trai
- Valtência Barreto
- 8 de out. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 31 de jan.

A traição é uma experiência dolorosa que pode impactar profundamente as relações. Neste artigo, vamos explorar os sentimentos de quem foi traído e as motivações que podem levar à traição, utilizando a abordagem da Gestalt para entender melhor essa dinâmica.
Sentimentos de Quem Foi Traído
1. Dor e Confusão
A traição gera uma onda de emoções intensas, como dor, raiva e confusão. A quebra de confiança pode desestabilizar a autoimagem da pessoa traída.
2. Sentimentos de Insegurança
Muitas vezes, surgem questionamentos sobre o próprio valor e a atratividade. É comum que a pessoa traída passe a se sentir insegura em relação a futuros relacionamentos.
3. Luto e Aceitação
A experiência da traição pode ser comparada a um luto, onde é necessário processar a perda da confiança e do ideal do relacionamento. Esse processo é fundamental para a cura emocional.
Motivações Comuns para a Traição
1. Necessidades Emocionais Não Atendidas
Muitas traições ocorrem quando as necessidades emocionais, como conexão, admiração, atenção e validação, não são atendidas na relação. A falta de comunicação pode intensificar esse vazio, já que não há como atender a elas sem comunicar ao outro.
2. Monotonia/Distância sexual
A monotonia e a distância sexual podem levar algumas pessoas a buscar experiências fora do relacionamento. A traição pode ser vista como uma tentativa de reviver a excitação e a paixão.
3. Necessidade de Auto-afirmação
Questões de autoestima e identidade também podem ser fatores motivadores. Algumas pessoas traem como uma forma de lidar com suas inseguranças ou desejos não resolvidos.
Nem todas as pessoas irão optar por trair na tentativa de resolver essas lacunas, uma vez que essa escolha se relaciona com o sistema de valores e a singularidade de cada um.
“você não pode impedir as tentações de virem, mas pode decidir o que vai fazer com cada uma delas” (Petersen)
A Gestalt enfatiza a importância da consciência no “aqui e agora”. Ao tomar responsabilidade pelas próprias ações e sentimentos, tanto quem trai, quanto quem foi traído, podem explorar as verdadeiras necessidades e motivações, pois em grande parte das vezes não existe apenas um responsável pela traíção.
Ela é, muitas vezes, conseqüência de uma relação desgastada e mal zelada e nesse caso, haverá, no mínimo, dois responsáveis por essa insatisfação, já que cada um geralmente contribui com sua parcela para que isso ocorra.
A abordagem gestalt permite entender como o processo de interagir com o outro são essenciais para a saúde da relação. A falta de contato genuíno pode levar à insatisfação e, consequentemente, à traição.
A traição é uma experiência complexa que toca em questões profundas de confiança, identidade e comunicação. Ao compreender os sentimentos envolvidos e as motivações que levam à traição, é possível trabalhar para a cura e o fortalecimento das relações. A terapia pode ser um espaço seguro para explorar essas questões e buscar novos caminhos para a relação. Mesmo que o caminho escolhido seja por um fim na relação, uma vez que nem toda relação consegue sustentar essa vivência.
Se você está passando por essa vivência, acrescento aqui alguns exercícios que podem ajudar:
• Reflexão Pessoal: Autoanálise sobre o que cada um espera de um relacionamento.
• Comunicação Aberta: Praticar diálogos honestos sobre necessidades e expectativas com o parceiro.
Convido você a refletir sobre sua experiência e a buscar um espaço de diálogo para compreender melhor sua relação.
Se precisar de ajuda ou ajustes em alguma parte, me chame aqui e agende sua sessão!