O lado da mulher guerreira que ninguém vê!
- Valtência Barreto
- 20 de jul. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 31 de jan.
Você também vive escutando que é uma mulher guerreira?
Você deve escutar frequentemente: “Você é forte, vai conseguir!”
“Ahhhh, essa você tira de letra!”
Mas existe um lado perverso nisso tudo e que é velado.
Ter coragem para lidar com as adversidades, ser determinada, não significa que dói menos.
E isso é bem confundido pela nossa sociedade.

Talvez você tenha construído essa personalidade por não ter tido espaço e acolhimento na infância, por ter sido forçada a ser adulta e cuidar de outras pessoas desde muito cedo, ou porque teve muitas outras responsabilidades numa fase que ainda não tinha maturidade pra isso. Talvez porque construiu a ideia inconsciente de que só seria amada se fosse forte.
Mas o vazio dessa necessidade de cuidado não atendida continua aí na sua criança ferida que clama por cuidado. Isso reflete em suas relações, em suas dores emocionais.
É como se ser uma mulher guerreira significasse que você também não tem dor, não precisa de colo, não tenha suas fragilidades. Até porque, a maioria de nós aprendeu desde cedo que ter fragilidade significa ser fraco, logo, se uma mulher é considerada guerreira, costuma-se constatar que nela não existe espaço pra fragilidades. E isso cansa muitas vezes, cansa carregar esse título de mulher forte!
Sem contar, que muitas vezes essa mulher forte fica isolada, enquanto todos estão convictos que ela vai lidar muito bem com a situação sozinha e por isso, não precisa de ninguém.
A verdade é que a mulher tida como guerreira também precisa de colo como qualquer pessoa, acredito que até mais!
A verdade é que ser alguém forte e, por vezes, estar emocionalmente frágil coabitam numa mesma pessoa. E isso não diminui sua potência.
Pense nisso!
Dito isso, quando você estiver diante de alguém que você gosta, que considera forte e que você sabe que está vivendo um momento difícil. Ofereça seu colo, seu carinho, sua escuta. Estará fazendo um bem danado.
E se você é essa mulher forte e se sente incompreendida, pouco acolhida, busque acolhimento num espaço terapêutico pra chamar de seu!